O candidato do partido La Libertad Avanza, Javier Milei, celebrou ter chegado ao segundo turno das eleições argentinas com Sergio Massa, no domingo (22/10). Ele afirmou que o governo kirchnerista foi “a pior coisa que aconteceu à Argentina”, referindo-se a Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina e ex-presidente do país vizinho.
“Todos nós que desejamos mudanças devemos trabalhar juntos”, enfatizou o libertário diante dos líderes e militantes presentes no bunker eleitoral, localizado no Hotel Libertador de Buenos Aires.
Segundo o portal Clarín, o candidato também fez fortes acenos à coligação da candidata centro-direitista Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.
Após a divulgação dos resultados, Milei sustentou que “o governo kirchnerista foi a pior coisa que aconteceu à Argentina” e ressaltou: “Há dois anos, chegamos a disputar o poder contra a coisa mais desastrosa da história da democracia moderna”.
“Quero que saibam que hoje estamos diante da eleição mais importante dos últimos cem anos. Uma eleição que nos questionará se queremos continuar com esse modelo defendido pelo kirchnerismo ou se queremos voltar a abraçar as ideias de liberdade”, destacou Javier.
A eleição presidencial da Argentina será decidida no segundo turno, que será realizado em 19 de novembro. Com 96% dos votos apurados até às 23h40 de domingo, o candidato peronista Sergio Massa (Unión por la Patria) estava em primeiro lugar, com 36,5%.
Ele competirá pela presidência com o ultraliberal de direita Javier Milei (Libertad Avanza), que aparecia com 30% da preferência do eleitorado argentino.
A eleição realizada no domingo (22/10) registrou a maior abstenção em eleições presidenciais desde 1983, quando houve a redemocratização no país. De acordo com informações da Direção Nacional Eleitoral, 74% dos eleitores aptos a votar compareceram às urnas. Em 2019, 80% dos eleitores foram votar para escolher o presidente.
A votação foi encerrada às 18h. Quando faltava uma hora para o fim do pleito, cerca de 66% dos eleitores aptos a votar já haviam comparecido às urnas. Apesar da baixa participação, o número foi maior do que o registrado nas primárias de agosto, quando a abstenção foi de 30%.
No domingo, os eleitores votaram para escolher presidente, deputados e senadores. O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, informou que as eleições ocorreram em clima de tranquilidade e normalidade.