O Metrópoles foi o vencedor do 45° Prêmio Vladimir Herzog, um dos mais prestig iados no país. A reportagem Ouro Líquido ganhou na categoria Produção Jornalística em Multimídia.
“A jornalista Rebeca Borges fez uma investigação exemplar. A equipe de reportagem viajou milhares de quilômetros para investigar os conflitos e fez um esforço enorme para dar centralidade às pessoas e ampliar suas vozes. Isso ajuda a contextualizar a grande questão que a reportagem lança luz”, avaliou o jurado Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Também venceram o prêmio O Globo, Rádio Novelo e TV Globo. O resultado final foi divulgado ao vivo no Youtube, em uma sessão pública presencial em São Paulo. A cerimônia de premiação e uma roda de conversa entre os vencedores estão marcadas para 24 de outubro, em São Paulo.
O portal de notícias também concorreu em outras duas categorias. O especial O Rastro da Lama concorreu entre os três projetos finalistas em Arte e o livro Sem Máscara, do colunista Guilherme Amado, editado pela Companhia das Letras, ficou entre os melhores lançamentos do ano.
A matéria especial Ouro Líquido detalha uma disputa de território no sul do Pará entre as comunidades ribeirinhas e as empresas produtoras de dendê. Da região do Pará à Bahia, a jornalista Rebeca Borges e a fotógrafa Rafaela Felicciano percorreram 5,7 mil quilômetros para denunciar como a cadeia produtiva do dendê impacta as comunidades quilombolas e indígenas.
Há registros de trabalho análogo à escravidão, expropriação de comunidades tradicionais e impactos ambientais. A reportagem contém diversos recursos interativos produzidos pela equipe de arte, liderada por Gui Prímola. O designer Caio Ayres criou o design gráfico e os infográficos do especial, usando as imagens capturadas por Cícero Pedrosa Neto.
Yanka Romão ilustrou o mito iorubá, Lohany Kayná narrou a história, e Tauã Medeiros animou o vídeo. Leonardo Hladczuk editou os documentários que compõem a matéria. O material recebido na redação foi coordenado por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Leilane Menezes, Daniel Ferreira, Michael Melo e Pedro Bedê, e revisado por Juliana El Afioni.
A reportagem já recebeu o Prêmio de Excelência Jornalística concedido pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) – uma das maiores honrarias do jornalismo – na categoria Cobertura de Notícias na Internet. Além disso, o trabalho recebeu medalha de excelência no prêmio The Best of Digital Design, organizado pela Society of News Design, na categoria Design: Questões Sociais.
O Prêmio Vladimir Herzog reconhece o trabalho de jornalistas que contribuem para a defesa e promoção da democracia, cidadania e direitos humanos e sociais. Já em sua primeira edição, em outubro de 1979, o concurso contribuiu para a chegada da Anistia; em agosto do mesmo ano, iniciou a mobilização pela eleição direta para presidente da República, que foi consolidada em 1989.
O concurso é uma homenagem à memória do jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura civil-militar, torturado e morto em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOICodi em São Paulo.
Na edição do ano passado, o Metrópoles recebeu uma menção honrosa com a reportagem A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia, na categoria Produção Jornalística em Multimídia. Em 2020, o portal foi finalista com duas reportagens. A série Elas por Elas e a matéria especial Carros-fortes, Homens Indefesos competiram na mesma categoria.
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