O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conversou por telefon e, hoje (19/10), com o presidente colombiano, Gustavo Petro. Os líderes discutiram a situação de emergência causada pela seca histórica na região da Amazônia, no norte do país, que também afeta outros países da América do Sul.
De acordo com o Planalto, os dois líderes debateram a possibilidade de uma reunião, que também contaria com a participação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para elaborar um plano estratégico comum para lidar com a seca.
Com as rotas fluviais cada vez mais secas, os moradores da região enfrentam dificuldades para ter acesso a serviços básicos, como médicos e escolas. A crise é tão grave que a prefeitura de Manaus, capital do Amazonas, decidiu antecipar o fim do período escolar das escolas ribeirinhas devido à seca.
O Rio Negro, um dos principais afluentes do Rio Amazonas, atingiu o nível mais baixo registrado em Manaus na segunda-feira (16/10). O nível chegou a 13,59 metros, superando a marca histórica de 13,63 metros, registrada em 2010.
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 50 municípios do Amazonas estão em situação de emergência, e 10 estão em alerta. A seca extrema tem prejudicado principalmente as comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios como meio de transporte e também como fonte de subsistência na pesca e no comércio de produtos.
A seca que afeta Manaus e vários municípios do Amazonas intensificou-se devido ao fenômeno climático El Niño, que começou em junho. No entanto, espera-se que a situação fique ainda pior no início do verão, entre dezembro e janeiro.
Na capital do Amazonas, a seca chamou mais atenção devido à fumaça das queimadas que cobrem prédios e bairros inteiros.