O governador emedebista do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, juntamente c om a primeira-dama Mayara Noronha Rocha, compareceram nesta quinta-feira (19/10) a uma cerimônia para promover o programa Família Acolhedora, no Palácio do Buriti.
Lançado em 2019 no DF, o programa incentiva famílias a acolherem temporariamente crianças em situação de vulnerabilidade e com direitos violados ou ameaçados, seja por negligência do Estado, dos pais ou responsáveis, ou por ações individuais.
O objetivo do programa é ajudar essas crianças, muitas vezes afastadas de suas famílias por decisão judicial, a encontrarem proteção, amor e cuidados. Para aumentar o número de crianças beneficiadas, o projeto ampliou o número de vagas para 65 e a idade limite para acolhimento, agora chegando até 17 anos.
O Distrito Federal conta atualmente com 67 famílias habilitadas para acolhimento através do programa, sendo que 34 estão recebendo crianças no momento. Desde o início, 168 crianças foram acolhidas pelo programa; após esse período, 63 retornaram às famílias de origem e 47 foram adotadas.
O Grupo Aconchego estabeleceu parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e está capacitado para treinar e acompanhar as famílias interessadas em acolher crianças e adolescentes.
A Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude atua na fiscalização e também de forma propositiva para melhorar o serviço. O acolhimento familiar pode durar de seis a 18 meses.
As famílias selecionadas passam por triagem e preparação para o acolhimento temporário. Elas participam de palestras que explicam o serviço, especialmente as leis relacionadas, e os selecionados recebem uma bolsa para ajudar com a alimentação e outras despesas das crianças e adolescentes.
Durante a cerimônia no Palácio do Buriti, Ibaneis ressaltou a importância de uma rede integrada de participação dos órgãos públicos para o sucesso do programa de acolhimento. “Nada disso será possível sem o trabalho conjunto”, destacou.
O acolhimento familiar está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e difere da adoção por ser temporário. O objetivo principal é a reintegração familiar ou o encaminhamento para uma nova família.
A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, ressaltou a importância de prestar atenção às crianças na fase da segunda infância e aos adolescentes assistidos pelos órgãos de proteção. “Sabemos a importância de ter um lar, um cuidado específico e pessoas cuidando diretamente, em vez de deixar a criança solta na família. E muitas pessoas aqui não conhecem o programa”, enfatizou.
No Distrito Federal, o Grupo Aconchego é responsável pelo treinamento das famílias. Julia Salvagni, vice-presidente da organização não governamental e coordenadora da área Família Acolhedora, explicou que a iniciativa surgiu como uma alternativa ao encaminhamento para instituições públicas. “Precisamos sensibilizar as famílias do DF a acolherem. O que isso significa? Significa receber uma criança em casa, por um determinado período de tempo, proporcionar cuidado e amor para que ela se desenvolva até que retorne à família de origem ou seja encaminhada para adoção”, afirmou Julia.
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