São Paulo – Aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira (17/10), a isenção das penalidades par a aqueles que não cumpriram com as medidas sanitárias contra a Covid-19 beneficiará, além de Jair Bolsonaro (PL), outros seis aliados do ex-presidente.
Com a aprovação, o governo estadual abrirá mão da arrecadação de R$ 72 milhões em multas aplicadas durante o governo João Doria (ex-PSDB), adversário de Bolsonaro, que estabeleceu a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos no estado entre 2021 e 2022.
Deste total, R$ 1,2 milhão corresponde às penalidades aplicadas a Bolsonaro e seus aliados – somente o ex-presidente é responsável por mais de R$ 1 milhão dessas sanções.

As demais multas foram aplicadas a seis políticos afiliados ao PL: os deputados federais Eduardo Bolsonaro (SP), Hélio Lopes (RJ), Mario Frias (SP) e General Girão (RN); o deputado estadual Gil Diniz (SP) e o ex-secretário André Porciuncula, que foi braço direito de Mario Frias na Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro e se candidatou a deputado federal pela Bahia no ano passado, mas não foi eleito.
“Eu voto com orgulho contra uma penalidade política”, defendeu Gil Diniz, um dos beneficiados pelo projeto de lei, ao votar “sim” para sua aprovação no plenário da Alesp, na noite de terça-feira.
O projeto foi enviado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro. Como justificação, Tarcísio argumentou que a administração tem sido sobrecarregada “com a gestão de processos administrativos e cobranças de multas sem finalidade arrecadatória”.

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